sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Entrevista a Vítor Martins

Vítor Martins, presidente da Junta de Freguesia de Santa Joana: Coligação PSD/CDS tem um projecto que “não acabou e deve continuar”


Autarca em Santa Joana há 25 anos, Vítor Martins diz que não está cansado. “Tenho cada vez mais vontade”, assegura. O social-democrata defende a continuidade da aliança entre PSD e CDS

Alberto Souto tinha “genica” mas o seu trabalho “parou” nos últimos anos dos seus dois mandatos à frente da Câmara de Aveiro. O actual Executivo, liderado por Élio Maia, revela “preocupações com a melhoria da qualidade de vida” nas freguesias periféricas. Mas a “crise” é um travão ao desenvolvimento de novos projectos, admite Vítor Martins. Ainda assim, a construção da nova avenida de Santa Joana vai avançar já este ano

É presidente da Junta de Freguesia há 25 anos. Está cansado?
Não me sinto cansado e tenho cada vez mais vontade. Temos feito boas coisas para Santa Joana.

Alguns autarcas de freguesia queixam-se que a Estrada Nacional 109 é uma barreira. Acha que esse obstáculo se tem esbatido?
Santa Joana é uma das freguesias privilegiadas, porque se encontra no centro do prolongamento da Forca/Vouga, naquilo a que o dr. Girão Pereira chamava Aveiro nascente. A freguesia foi crescendo com algum cuidado. Hoje é uma freguesia central, porque o objectivo dos últimos executivos é que a cidade cresça. Dantes, os serviços e os equipamentos concentravam-se no centro e hoje começa-se a notar que se estendem para fora da 109.

A aposta na tal cidade nascente, para além da 109, é antiga. Alguma coisa tem sido feita ultimamente?
As últimas lideranças da Câmara, com o dr. Alberto Souto, foram condicionantes. O objectivo do dr. Girão Pereira era construir equipamentos sociais e rasgar estradas para se chegar mais rápido às populações das freguesias limítrofes, mas o dr. Alberto Souto parou e concentrou-se em investimentos na cidade, não nas freguesias. Embora com o actual Executivo não haja obras de grande vulto nas freguesias. Mas os presidentes das juntas mais afastadas notam que o Executivo tem preocupações com a melhoria da qualidade de vida. Mas a crise que atravessamos não dá para criar o que Élio Maia deseja.

Esperava mais deste Executivo?
Nos últimos três/quatro anos, o dr. Alberto Souto parou. Andávamos meses e anos para receber. O problema não vem de Élio Maia. O dr. Alberto Souto tinha genica e queria fazer obra como qualquer um que ama a sua cidade, mas contava, estando o PS no Governo, receber mais apoios. Se calhar deu passos maiores do que podia, contando que viessem mais apoios do Governo.

As juntas de freguesia já receberam os montantes em atraso da Câmara?
Esta Câmara regularizou todo o passivo com as juntas de freguesia. No caso de Santa Joana, andava à volta de 80 mil euros. Mas há situações por resolver, ligadas a protocolos e a obras.

Conseguiu que o troço inicial da via Aveiro/Águeda não tivesse perfil de auto-estrada. Foi uma vitória importante?
É um projecto que já vem do tempo do dr. Girão Pereira. O problema não é o traçado, mas o perfil, e para nós foi um choque tremendo quando recebemos o projecto, porque haveria uma vala com três a oito metros até à Moita de Oliveirinha que iria criar uma barreira. Nós manifestámos o nosso desacordo e arregaçámos as mangas. A Câmara esteve sempre do nosso lado, porque verificou que era um atentado para a freguesia e para a cidade.

A obra obriga à demolição de casas?
Sim. São três ou quatro casas, mas algumas já meio abandonadas. Não é uma grande preocupação. Pior era o caso da avenida, porque aí eram 20 e tal casas a demolir.

in Diário de Aveiro

2 comentários

Anónimo disse...

3, 2, 1... partida! Começou a corrida.
Vem o Dr. Élio Maia à reunião pública da Junta de Freguesia distribuir louvores ao Sr. Vitor Martins.
O Sr. Vitor Martins dá uma entrevista a um Jornal a enaltecer o "travalho" realizado pelo Dr. Élio Maia.

Anónimo disse...

Na entrevista Vitor Martins diz que segundo a lei actualmente em vigor, este poderá ser o último mandado. Daqui a quatro anos iremos ter muitas novidades.

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