Sete anos foi o tempo que levou a construir o novo lar do Centro Social Santa Joana Princesa, na freguesia de Santa Joana, em Aveiro. A falta de dinheiro, que ainda se sente, foi o motivo de tão longa construção.
O Centro Social Santa Joana Princesa teve que recorrer a um empréstimo bancário para poder concluir as obras do novo lar, que deve entrar em funcionamento no próximo mês de Janeiro.
Atrasos no pagamento de um subsidio mensal por parte da Câmara de Aveiro, presidida por Élio Maia, falta de apoio da Junta de Freguesia, liderada por Vítor Martins, e a necessidade de modificar o projecto por força de uma candidatura ao programa PARES, da Segurança Social, estão na origem do recurso a um empréstimo bancário de 500 mil euros para a conclusão das obras do lar daquela instituição particular de solidariedade social, que tiveram uma paragem de quatro anos.
"Tem dado mais dores de cabeça que o infantário, devido à falta de dinheiro, porque quando começámos não havia apoios do Governo", desabafa Zacarias Andias, presidente do Centro Social Santa Joana Princesa.
"Organizámos cortejos, pedimos a algumas empresas, mas a Junta de Freguesia nunca nos deu um tostão", revela Zacarias Andias. "Ainda agora pedimos o salão da Junta para fazer a festa de Natal e ainda estamos à espera de uma resposta", acrescentou.
O novo lar é um investimento de mais de 1,2 milhões de euros e terá capacidade para quase sete dezenas de idosos, entre residentes e Centro de Dia. "Temos já 21 idosos confirmados de uma lista de espera que chegou aos 90 e temos também 12 pessoas a frequentar o Centro de Dia que tem funcionado provisoriamente", disse.
A Câmara de Aveiro deve ao Centro Social de Santa Joana Princesa mais de 300 mil euros e do Programa PARES a instituição tem ainda a receber 170 mil euros.
O novo lar é um dos projectos que os responsáveis pelo Centro concretizam em breve. Em "sonho" fica por fazer um projecto de oficinas protegidas, um pavilhão polivalente, ginásio, piscina de 25 metros, tanque de hidroginástica e um tanque para utilizadores mais pequenos.
"Temos terreno para isso que foi comprado, com a ajuda da Câmara de Aveiro, na altura presidida pelo professor Celso Santos, em hasta publica num processo de falência de uma empresa", confessa Zacarias Andias, salientando que os projectos já se encontram feitos. "Não temos é dinheiro", lamenta.
Jesus Zing in Jornal de Notícias
3 comentários
O Zacarias Andias parece que se esquece que a crise é geral. Milhões de portugueses não têm é dinheiro!
Mas também não podemos ser nós os utentes a pagar a divídas dos "donos" do Centro. Pagamos as mensalidades e a casa está fechada uma semana para férias no Natal. É para poupar nas refeições. Vão pedir para outro lado!
E os artistas que sempre negaram a disponibilidade social, negaram a colaboração com as outras colectividades,negaram o autocarro, pedirem agora um bem público - o Auditório da Junta - para a festa de Natal!!!!!!!
É caso para dizer:
ui!ui!ui!ui!ui!ui!
algo se passa coitados!!!!
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