Moradia inacabada é albergue de marginais, dizem os vizinhos, que receiam pela sua segurança
Os moradores da Rua de Santo António, na freguesia de Santa Joana, em Aveiro, já esgotaram a paciência e exigem à Câmara Municipal a demolição de uma moradia inacabada e abandonada que, segundo eles, é albergue de todo o tipo de marginais que os fazem recear pela sua segurança. Já enviaram um abaixo-assinado à autarquia mas não receberam resposta.
“Isto é uma chaga. Um cancro num bairro de pessoas de bem, que estão fartas até à ponta dos cabelos”, dizem. O problema prende-se com o “lote 104”, uma construção que se iniciou em 1997, mesmo por baixo dos prédios e em frente a um conjunto de moradias. A mesma construção abandonada que, na noite de 17 para 18 de Outubro, serviu de guarida a uma jovem de 17 anos que simulou o próprio rapto.
De prorrogação em prorrogação da licença de construção, de queixa em queixa à autarquia e Polícia Municipal, esta casa que chegou a ser vendida a uma empresa de construção é agora “hotel de marginais”. “Vem para aqui tudo. Drogados, sem abrigo, prostitutas e casais”, explicam os moradores enquanto, receosos, mostram as paredes vandalizadas com pinturas, e o chão onde abundam os dejectos humanos, embalagens de comida e bebida, preservativos, seringas e pratas usadas no consumo de drogas. Na rua, os moradores sentem-se inseguros e até evitam passar ali à noite.
Indignados, cerca de seis dezenas de moradores fizeram chegar à Câmara um abaixo-assinado, reclamando a demolição do edifício - “a única solução possível e aceitável”, sustentando que “a sua inserção no meio que a rodeia é claramente chocante” e sugerindo que dê lugar a “um espaço ajardinado e com equipamento adequado ao lazer das crianças e idosos”.
Francisco Manuel
Fonte: Diário de Aveiro e Correio da Manhã
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