sábado, 29 de novembro de 2008

Santa Joana contesta traçado Aveiro-Águeda

O traçado do futuro eixo rodoviário Aveiro-Águeda que atravessa Santa Joana está a motivar a contestação da Assembleia e da Junta. A freguesia vai ser "cortada" ao meio com taludes de oito metros de altura.

Beatriz Oliveira, 71 anos, a viver "toda a vida em Santa Joana", ainda está a viver um "susto". A garagem da sua casa e o quintal vão desaparecer para dar lugar ao eixo rodoviário Aveiro-Águeda que, com um talude de oito metros de altura, vai passar ao lado da sua casa. "Eu não sabia, disseram-me, fui à Junta e apanhei um susto", confidenciou ao JN.

Ela é uma das mais de três dezenas de proprietários de Santa Joana que vão ser afectados com a futura via rápida portajada que quase "entra" na cidade de Aveiro: a portagem irá ficar situada junto à rotunda do Parque de Feiras e Exposições a poucas centenas de metros da EN 109 (Variante) que num futuro próximo irá ser municipalizada.

João Pinheiro, 72 anos, foi um dos moradores da zona da Patela - a mais afectada com a construção da nova estrada - que esteve anteontem a assistir à reunião extraordinária da Assembleia de Freguesia que vai elaborar uma moção contra o traçado da via.

"Vai-me deitar a casa abaixo por causa do lençol de água nos terrenos, já que vão fazer um buraco de oito metros ao lado dela", desabafou João Pinheiro. "A estrada não devia passar por baixo, mas por cima", adiantou o morador da rua da Quinta Nova, na Patela.

O seu vizinho, António Palpista Melo, 70 anos, a viver na freguesia há 42 anos, também teme pela sua residência. "A casa vai-se ressentir com a oscilação quando for das obras", disse ao JN, lembrando que, depois, estará em causa "uma qualidade de vida que se perde".

O presidente da Junta de Freguesia de Santa Joana, Vítor Martins, não é contra a necessidade de uma ligação rápida entre Aveiro e Águeda. "Há muitos anos que ela é do interesse de Aveiro e da freguesia. Não concordamos é com o traçado e com a filosofia de um eixo rodoviário que deixou de ser estruturante".

"Somos contra um eixo de via rápida entre a rotunda da Moita e a rotunda do Parque de Feiras, ainda por cima com um desnível de oito metros de profundidade, com pontões em cima das casas das pessoas", assinalou ainda o autarca.

Para Vítor Martins, a freguesia vai ser espartilhada "com um eixo de 50 metros de largura de via rápida". "Vai criar-se uma barreira e dividir a freguesia", disse, salientando que "é negativo para a qualidade de vida das pessoas e do ambiente".

"Temos a experiência da A 17 em que os poços das Azenhas de Baixo secaram, e isso viu-se repetir na Patela e na Quinta do Gato", afirmou o autarca. "As pessoas vão abrir as janelas das suas casas e vão dar com a cara na estrada", lembrou Vítor Martins, que observou que mesmo para "Aveiro é mau, porque colocarem a portagem na rotunda do Parque de Feiras é entupir o trânsito ainda mais".

Jesus Zing in Jornal de Notícias

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Santa Joana em “pé de guerra” contra novo perfil de estrada

O futuro Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda vai cortar Santa Joana ao meio. A Junta de Freguesia não se conforma e promete lutar contra o projecto

A Assembleia de Freguesia de Santa Joana rejeitou, anteontem, de forma unânime, o novo projecto do eixo rodoviário que pretende ligar a rotunda junto ao Parque de Exposições ao nó de acesso à A17, em Oliveirinha – a via segue dando forma ao agora designado Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda.
Vítor Martins, presidente da Junta de Freguesia local, não cala a sua indignação: “Como se não bastasse terem transformado o acesso numa via rápida que vai cortar a nossa freguesia ao meio, ainda querem colocar portagens precisamente à saída da rotunda”.
“Como é que é possível projectarem uma via rápida ao lado do Parque de Exposições? Toda a gente sabe a confusão que ali se gera quando há certames, agora imagine um acesso a uma via rápida naquele sítio”, diz, indignado, Vítor Martins, para fortalecer a sua opinião.
Por outro lado, o presidente da Junta lamenta que o projecto apresentado há cerca de quatro anos tenha sido abandonado. “Estava elaborado à cota zero, ou seja, ao nível actual dos terrenos, com rotundas, fazendo da estrada um eixo estruturante e distribuidor de trânsito”, explica. A surpresa e indignação da Junta e da Assembleia de Freguesia nascem agora porque o desenho foi completamente alterado, projectando-se “uma via para se poder circular a mais de cem quilómetros à hora, construída a uma cota de 3,5 a nove metros de profundidade, com a desculpa de arrumar o barulho dos carros, por 22 metros de largura, com mais 22 metros em taludes”.
Há várias moradias que vão ser demolidas e anexos que vão abaixo. Na prática, tal significa que a freguesia de Santa Joana vai ser cortada a meio, havendo lugares que vão correm o risco de desaparecer do mapa ou ser seriamente afectados, como são os casos da Patela, Quinta do Gato e a Azenha da Moita.
Depois, a via não contempla acessos directos de Santa Joana e prevê túneis e pontões, “cuja construção vai trazer grandes transtornos às populações que ali residem em casas com alguns anos, mas em outras mais recentes também há prejuízos a reportar”, sustenta o autarca.
A posição da Assembleia vai de encontro à da Junta de Freguesia ao considerar que “é necessário Aveiro ter um eixo de ligação à A17, mas não portajado”.
Neste sentido, a reunião do órgão deliberou criar uma comissão para realizar uma exposição dos acontecimentos para levar à Câmara Municipal de Aveiro, EP – Estradas de Portugal e Ministério do Equipamento.
Vítor Martins exorta a população e participar na consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental do projecto que está a decorrer na sede da Junta de Freguesia até ao dia 12 de Dezembro. “É muito importante que o façam porque é mais que certo que uma obra destas não vai trazer qualidade de vida nenhuma aos nossos habitantes, antes pelo contrário”, reforça.

Luís Ventura in Diário de Aveiro

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Assembleia de Freguesia

Dia 26 vai-se realizar mais uma assembleia de freguesia extraordinária, tem como ponto único:

- Discussão do estudo de Impacto Ambiental do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda (também conhecido como Eixo Estruturante)

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terça-feira, 18 de novembro de 2008

É (quase) Natal!

Em meados do mês de Outubro, os funcionários da Junta de Freguesia começaram a instalar a iluminação natalícia.

Aguardo com alguma curiosidade verificar se o facto do início da colocação da dita iluminação com tanta antecedência, se deva a que este ano mais ruas da freguesia sejam contempladas ou se a mesma é concentrada apenas nos "pontos-chave" habituais da freguesia: árvores de Natal em rotundas, iluminação em postes de electricidade em algumas ruas mais movimentadas, largo da igreja, sede da Junta de Freguesia (o habitual). Já se sente o Natal em Santa Joana.

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domingo, 9 de novembro de 2008

Magusto de São Martinho em Santa Joana

A Junta de Freguesia andou a publicitar através de folhetos que no próximo Sábado se vai realizar o tradicional Magusto de São Martinho oferecido pela Junta de Freguesia de Santa Joana.

Trata-se de um convívio entre a população onde não faltará (penso eu) castanhas e vinho.

Quadras de São Martinho (alusivas ao tema acima citado)

Ó meu grande São Martinho
Que bem nos estás a tramar
e a factura...
Quem é que vai pagar?

No Magusto de São Martinho em Santa Joana
Não podem faltar castanhas e vinho
Mas quem vai pagar?
Será o povinho?


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terça-feira, 4 de novembro de 2008

(Mais) Noticias da Nossa Terra

Aveiro: Moradores exigem demolição de casa abandonada

Moradia inacabada é albergue de marginais, dizem os vizinhos, que receiam pela sua segurança

Os moradores da Rua de Santo António, na freguesia de Santa Joana, em Aveiro, já esgotaram a paciência e exigem à Câmara Municipal a demolição de uma moradia inacabada e abandonada que, segundo eles, é albergue de todo o tipo de marginais que os fazem recear pela sua segurança. Já enviaram um abaixo-assinado à autarquia mas não receberam resposta.

“Isto é uma chaga. Um cancro num bairro de pessoas de bem, que estão fartas até à ponta dos cabelos”, dizem. O problema prende-se com o “lote 104”, uma construção que se iniciou em 1997, mesmo por baixo dos prédios e em frente a um conjunto de moradias. A mesma construção abandonada que, na noite de 17 para 18 de Outubro, serviu de guarida a uma jovem de 17 anos que simulou o próprio rapto.

De prorrogação em prorrogação da licença de construção, de queixa em queixa à autarquia e Polícia Municipal, esta casa que chegou a ser vendida a uma empresa de construção é agora “hotel de marginais”. “Vem para aqui tudo. Drogados, sem abrigo, prostitutas e casais”, explicam os moradores enquanto, receosos, mostram as paredes vandalizadas com pinturas, e o chão onde abundam os dejectos humanos, embalagens de comida e bebida, preservativos, seringas e pratas usadas no consumo de drogas. Na rua, os moradores sentem-se inseguros e até evitam passar ali à noite.

Indignados, cerca de seis dezenas de moradores fizeram chegar à Câmara um abaixo-assinado, reclamando a demolição do edifício - “a única solução possível e aceitável”, sustentando que “a sua inserção no meio que a rodeia é claramente chocante” e sugerindo que dê lugar a “um espaço ajardinado e com equipamento adequado ao lazer das crianças e idosos”.

Francisco Manuel
Fonte: Diário de Aveiro e Correio da Manhã

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